Como reduzir custos no condomínio?

31 de julho de 2025

Quando o caixa do empreendimento está no vermelho, buscar por opções que reduzam os custos no condomínio é o primeiro passo a ser feito pelo síndico.

Isso não significa trocar produtos e serviços por uma opção mais barata (que pode sair mais caro lá na frente), mas sim fazer adaptações inteligentes e economias onde há maior necessidade.

Nesse sentido, tem muitos pontos que passam despercebidos na gestão financeira, mas que poderiam muito bem ser revistos pela gestão. Por isso, neste conteúdo selecionamos onde começar para reduzir os custos no condomínio e voltar a ter finanças mais equilibradas.

7 estratégias para reduzir custos no condomínio?

1. Faça uma boa gestão da inadimplência

A primeira estratégia para reduzir custos no condomínio é começar com a gestão da inadimplência, afinal, é preciso compreender todos os pontos relacionados a essas dívidas. 

Primeiramente, vamos entender que existem três tipos de condôminos inadimplentes:

  • Devedor ocasional – tem problemas financeiros pontuais
  • Devedor negligente – não é financeiramente organizado
  • Mau pagador – age de má-fé

Cada uma dessas situações requer que o síndico tome algumas atitudes:

  • Agir rápido para cobrar o devedor
  • Criar um plano de ação diferente, caso a cobrança não seja suficiente
  • Sempre conscientizar os moradores para que os débitos não se acumulem
  • Tentar um acordo, ao perceber que a situação vai se prolongar, e oferecer diversas opções de pagamento

2. Controle da folha de pagamento

Quando a contratação é direta, ou seja, não é um serviço terceirizado, o cuidado com a folha de pagamento precisa de atenção redobrada para evitar acúmulos de horas extras que geram gastos (extras) para o empreendimento.

A melhor maneira é adotar um sistema de controle de pontos rigoroso, evitar acúmulos de demandas que ultrapassem o horário estabelecido em contrato e otimizar a escala de trabalho da melhor forma possível.

Vale a pena considerar também a contratação de empresas terceirizadas para serviços rotineiros (zeladoria, limpeza, jardinagem), pois toda a  burocracia e custos relacionados à jornada de trabalho serão de sua responsabilidade.

3. Economize nas contas de água e luz

Se o seu condomínio está “no vermelho” devido à conta de energia elétrica, isso significa que os próprios moradores talvez não estejam colaborando.

Para ajudar nessa mudança de comportamento, existem algumas medidas preventivas eficazes:

  • Instalação de placas solares 
  • Trocar as lâmpadas comuns por lâmpadas de LED
  • Substituir elevadores antigos por elevadores modernos
  • Instalar sensores de presença para que as luzes fiquem desligadas se não houver ninguém no ambiente
  • Pintar as paredes das áreas comuns com cores claras para evitar o uso de luzes fortes (e caras) nesses ambientes

E assim como a energia elétrica, a água é um item indispensável em um condomínio onde moram tantas pessoas com diversas necessidades e rotinas. 

Para reduzir custos no condomínio em relação a isso, o ideal é que o condomínio faça a individualização da água, para que cada unidade pague a conta referente ao que consumiu. 

Outras possibilidades de economia são:

  • Instalar um sistema de reúso de água para limpeza das áreas comuns
  • Determinar horários para regar os gramados, lavar a calçada e a garagem
  • Realizar inspeções periódicas para verificar a existência de vazamentos
  • Instalar redutores de pressão nas torneiras das áreas comuns
  • Fazer campanhas de conscientização para ajudar os moradores a economizarem

4. Não deixe a manutenção preventiva de lado

O nome já diz tudo, não é? Manutenção de prevenção, para que você não tenha dor de cabeça (e gastos) lá na frente.

O ideal é que a manutenção preventiva seja feita periodicamente, para analisar o estado dos equipamentos a fim de consertá-los antes de alguma falha. 

Além de contribuir para reduzir os custos com reparos urgentes no condomínio, a manutenção preventiva tem o intuito de preservar o patrimônio do condomínio e manter a segurança de todos, prevenindo contra acidentes. 

Mas onde a manutenção preventiva deve ser feita?

  • Equipamentos: elevadores, portões, bombas, interfones, CFTV
  • Sistemas: Telefonia, painéis elétricos, para-raios, combate a incêndio, segurança.
  • Estrutura e instalações: acabamentos; estrutura predial; instalações elétricas, hidráulicas e de gás.

Para entender melhor, leia → Manutenção preventiva em condomínio: tudo o que os síndicos precisam saber

5. Cuidado com os desperdícios silenciosos

Você não percebe, mas eles estão afetando o seu caixa! 

Além dos reajustes, inadimplência, aumento de custos e tantas outras contas a pagar, existem também os desperdícios, que afetam o caixa ao utilizar, sem necessidade, mais recursos do que de fato é necessário. 

E a situação piora quando esses desperdícios não são facilmente percebidos e, por isso, são mais difíceis de combater.

  • Infiltrações e vazamentos ocultos
  • Iluminação ineficiente
  • Equipamentos antigos e pouco econômicos
  • Contratos não negociados ou desatualizados
  • Serviços contratados, mas não entregues
  • Custo mais alto do que o benefício real
  • Tarifas bancárias elevadas ou desnecessárias
  • Materiais de limpeza ou insumos mal utilizado
  • Falta de manutenção preventiva que gera reparos mais caros

6. Reveja e renegocie contratos

Um condomínio mantém contrato com diversas empresas, devido a diferentes serviços: segurança, limpeza, portaria, elevadores, entre outros.

Todos esses contratos, no entanto, devem ser revistos periodicamente, para renegociar propostas e procurar novas alternativas que sejam mais adequadas à rotina do condomínio.

O mais aconselhável é que essa revisão de contratos seja feita de um ano para outro ou quando o contrato está para ser finalizado. 

7. Pode ser a hora de trocar de administradora

Se a ideia é realmente reduzir custos no condomínio, vale olhar com atenção para a administradora que cuida da gestão hoje. 

Isso porque uma empresa com processos ultrapassados, pouca transparência ou falta de tecnologia pode, sem querer, acabar aumentando as despesas em vez de ajudar a controlar.

Trocar de administradora pode ser a hora certa para ter mais economia justamente porque uma boa gestão faz toda a diferença: renegocia contratos, indica prestadores mais competitivos, acompanha os gastos de perto e oferece relatórios claros para que o síndico e os moradores saibam exatamente onde é possível economizar.

Uma administradora não serve apenas para emitir boleto, é a parceria ideal na gestão do síndico.

CONFIRA AQUI -> O que faz uma administradora de condomínios? 

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