Você sabia que muitos condomínios no Rio de Janeiro chegam a destinar quase metade do orçamento mensal apenas para pagar a conta de água?
Segundo o Secovi Rio, 45% das finanças dos condomínios vão para as contas de consumo de água do empreendimento, chegando a valores exorbitantes, que ultrapassam até mesmo a média de outros grandes estados do país.
Isso acontece porque o modelo tarifário atual, adotado no estado, gera distorções que pesam diretamente no bolso de síndicos, moradores e administradoras.
Recentemente, ABADI (Associação Brasileira das Administradoras de Imóveis) e Secovi Rio (Sindicato da Habitação) protocolaram um ofício na AGENERSA solicitando a revisão urgente desse sistema de cobrança.
Entenda mais a seguir!
Como funciona hoje a tarifa de água no RJ?
O modelo vigente é chamado de “tarifa mínima por economia”. Na prática, funciona assim:
Em prédios com hidrômetro único (ou seja, sem medição individualizada por unidade), a concessionária multiplica a tarifa mínima pelo número de apartamentos/economias do imóvel.
O resultado é um custo fixo elevado, que muitas vezes não reflete o consumo real de água do condomínio.
Esse formato gera aumentos expressivos, que em alguns casos já passam de 45% nos custos fixos mensais, deixando as contas de água no RJ até 14 vezes mais caras do que em outros estados.
Em seu comunicado, a Secovi Rio junto a ABADI detalhou como seria isso na prática, utilizando de exemplo um prédio comercial com 10 unidades, mostrando a diferença entre o Rio com os estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
Veja como fica este comparativo:

*Este gráfico foi elaborado com base em um comparativo realizado pelo Secovi Rio. Os valores apresentados são estimativas de referência e podem variar conforme características específicas de cada condomínio, consumo e região.
Qual é a proposta da Tarifa de Água Justa?
Com esse cenário, fica difícil manter as contas do condomínio no azul e até mesmo implementar melhorias que ajudem na redução de custos do empreendimento no geral.
Por isso, a ABADI e Secovi Rio defendem a implantação de um modelo mais equilibrado, já aplicado com sucesso em outras regiões do país e, inclusive, sugerido pelo CEDAE em 2019.
Esse sistema é baseado em:
- Tarifa fixa de disponibilidade: valor único que garante a manutenção e operação da infraestrutura.
- Cobrança pelo consumo real: a conta passa a refletir efetivamente o volume de água utilizado pelo condomínio.
Ou seja, paga-se um valor justo, proporcional ao uso, sem distorções que penalizam quem consome menos.
Por que essa mudança é importante?
- Mais justiça: o condomínio paga apenas pelo que realmente consome.
- Transparência: as contas ficam mais fáceis de compreender e planejar.
- Equilíbrio financeiro: síndicos e administradoras conseguem organizar melhor o orçamento, sem comprometer quase metade dele com um único serviço.
- Incentivo à eficiência: ao vincular diretamente custo e consumo, há estímulo ao uso racional da água.
ABADI e Secovi Rio reforçam que a luta é por tarifas justas, transparentes e compatíveis com a realidade dos consumidores fluminenses.
O objetivo é garantir que a cobrança não seja um peso desproporcional para os condomínios, mas sim um serviço essencial dentro de condições equilibradas.
A Centrimóveis apoia a Tarifa de Água Justa!
Como administradora de condomínios no Rio de Janeiro e integrante da ABADI, a Centrimóveis apoia e defende essa causa.
Estamos lado a lado com as entidades para que síndicos, moradores e gestores possam contar com uma tarifa de água mais justa, clara e sustentável, contribuindo para a saúde financeira dos condomínios e para o bem-estar coletivo.
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